A vontade é de começar e nao parar de escrever nunca mais.

Tao injusto é ter de sentir sem poder traduzir em palavras cada batida do coraçao.

Tao injusto é poder sentir, sentir demais sem conseguir dizer ao outro em ondas sonoras o que esta aqui dentro.

Quase acho que vou explodir, acho até que me explodo por dentro inúmeras vezes por dia, porque o que guardo no peito é mais forte que o mais potente dos furacoes.

Ainda é um pouco difícil acreditar que estou aqui morando em London. Mas dificil ainda é me dar conta que o coração voltar a pulsar por alguém que não sabe, ainda, o que é amor e sim Love… E com o Love dito no mais puro sotaque inglês… Lôovv…

To aqui escrevendo, olhei para a janela e percebi um movimento no quintal, são esquilos. Seu jeitinho é bem mais doce que os dos desenhos animados, e sua destreza mais lenta, mas eles gostam de sair da toca apenas quando o Sol aparece… O que no inverno é raro por aqui. O desalentador inverno. Por mais que ele venha todo ano pra cá, a maioria o rejeita. O rejeita tanto que parece desistir de viver enquanto ele se hospeda no país.

Abaixam-se as músicas, aumenta-se as roupas, escondem os sorrisos e a alegria. É contado passo a passo que se executa os afazeres, para que não os excedam. Todo mundo quer verão eu quero agora é ser bem aquecida pelo meu boyfriend, porque para mim o Sol brilha todo dia. Bye!

(desculpe pela falta de ortografia)

O inverno eh carrancudo, mal humorado e calado. Ele se revela melancolico e traicoeiro, em meio a ele as pessoas se agrupam nos metros, restaurantes, lojas, cafes, a fim de fazer o que precisam sujeitas a serem contaminadas por todo e qualquer virus que exista.  Aqui em Londres residem imigrantes advindos de todo o mundo… No Brasil isto ateh existe, mas sao poucos se comparados aos milhares que moram por aqui. No inverno, tudo fica branquinho, parece que passou alguem e pintou a cidade de branco, nao se houve muito barulho e nem se ve muita gente… A vegetacao peculiar desta estacao parece se esconder do frio tambem… Tudo parece estar morto.

Apesar disso, paira no ar um sentimento unico de instrospeccao… Uma beleza triste aparece e conversa contigo em silencio. Viver aqui no inverno eh algo que eu chamo de superacao de vida! Sobrevivencia!

Eu tenho cantado, ando por aí cantando… Ao andar sempre canto. Quando paro eu canto, quando respiro eu canto, quando me aborreço eu canto, quando me enterneço canto, quando não gostam de mim eu canto, quando me amam eu canto, quando eu amo canto, quando eu caio canto, quando me levanto da queda eu canto, ao olhar eu canto, ao fechar os olhos eu canto, ao sentir a brisa eu canto, ao lidar com a desavença eu canto, ao dançar eu canto, ao tomar banho eu canto, ao brincar eu canto, ao brindar também. Ao cantar não imagino, não desejo, não espero, não entendo, não penso, não grito, não beijo, apenas sinto. Sinto aquilo que canto, aquilo que vê minha alma, pois o canto a toca de modo intenso e profundo… Porém desperto, acordado, esperto, ágil, vibrante, altamente vibrante.

 

Às vésperas de sair para tomar aquele aguardado passo, o de votar nesta eleição, me abstraio de modo consciente e me permito visitar outros lugares. Um deles é lá onde deixei minhas malas,  na estrada. O caminho deve me levar ao desconhecido que, novamente, me convida a segui-lo. E como deve ser uma garota bem disciplinada, eu não irei recusar o convite que tanto me ajuda a explorar outros universos. Mas, nestas horas visitar outros lugares é fundamental. Trata-se de um momento em que mergulhamos no passado, passamos pelo presente e seguimos até o futuro. Nos três cenários sempre há algo para pensar.

Mas, meu caro, pode deixar que mesmo preferindo escrever ao invés de assistir aos debates políticos eu já sei para quem será meu voto. Além dos candidatos votarei para que o mundo ganhe em sua volta muito amor. Voto, também, na utopia de que um dia a vida possa ser mais justa tanto para nossa espécie, como para os animais e ao nosso todo verde. Este clichê poderia ser como os outros e funcionar direitinho. No entanto, quem sabe, de tanto pensarmos nesta sonhada vida mais justa, um dia, ela apareça de mala e cuia em nossa porta?

Se ainda tiver como votar em algo mais, peço para que ninguém de boa índole, em tempo algum, deixe se levar por linhas falsas e torpes em função de besteiras como o ciúme, inveja e intolerância. Sujar nossa sagrada  e única alma para prejudicar a vida alheia é tolice.

Por fim, meu último voto é para que meu pai do céu continue abençoando a mim e minha família. Corrigindo os meus erros para sorrir com os meus acertos.

Meus futuros 26 anos trás contigo minha nova mudança. E já que esse post já virou cliche, devo encerrá-lo com o mais adequado: “E que venha o Novo” … E com aquele cheirinho que só o novo tem!

gosto das linhas imaginárias e de delineá-las para caminhar por cima em perfeito equilibro.. da riqueza dos cansados passos, das  braçadas invencíveis e das certeiras flechadas.. quase tudo aqui é foco..do cheiro à distancia, das mãos em busca do toque e do grande amor não realizado e dos maiores que estão ainda por vir.. há quem precise construir tijolos em cima dos riscos imaginários, eu não ligo para as convenções persuasivas, eu não ligo para as besteiras da televisão, eu quero o prazer de sentar em cima da verdade e deixar que ela me conduza à luz e ao amor…

Brasil: 20% dos mais pobres detêm, apenas, 2% da renda nacional, enquanto os 10% mais ricos detêm quase 50% dessa renda. (Fonte. Tania Bacelar)

Sob o Sol a pino, às chuvas e a vontade do tempo, milhares de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza exploram o que restou daqui e dali nos aterros sanitários. No mesmo saco, pelo menos 80% da população brasileira é pobre e esta em situação de vulnerabilidade social, ou seja, em condições de vida precárias.
Sem perspectiva alguma de melhorias,  sequer pensam em estudar e emergir para algo a nível básico de bem-estar. Acreditam nos programas de TVs e agradecem as migalhas que lhes oferecem por serem quem são.
Mas o que eles são? Distraído, quem de longe olha vê a menina e lixo se tornarem em algo homogêneo.
Bom, de qualquer maneira, ambos diariamente convergem para o mesmo lugar. De casa o que desprezamos jogamos fora. Na sociedade o que desprezamos segue para o mesmo lugar.
Daqui não vemos o que tem por lá e nem queremos.

Quando a nova idade bate na porta a gente tenta fingir que não ouviu. Mas impossível prosseguir em tal burrice, já que não há alternativa, senão a de abri-la e oferecer-lhe um café. Por um acaso acabei de ler uma matéria que fala sobre o assunto. Para uma doutora, envelhecer é uma doença e eu apoio, mas não por seu ponto de vista e sim o meu. Recorrentes questões como comer gordura e açúcar demais e tomar aquele sol do meio dia, de acordo com estudos, promovem a aceleração das rugas e o atraso do raciocínio lá na frente.

No entanto, para mim, a questão vai pra lá de onde os olhos podem ver… Além do horizonte, além da mais distante nuvem e alcança a morada de dEus, que pode ser encontrada dentro de nós. Acredito que nossas almas têm idade e por vidas e vidas percorreram diversos caminhos bons ou ruins. Soube aprender, a superar, a entender e então, a amar. Quanto mais passos ela der, mais experiência ganha e mais jovem se torna. Se a cada experiência que trouxer um aprendizado se tornar pontinhos coloridos no coração, mais atitudes infantis ela terá.

Por isso deve ser que quanto mais velhinhos ficamos mais bebês nos tornamos. Ops, pensei alto… Boa noite.

É José, e quem disse que no caminho iríamos ver apenas pastos cheios de flores?

E qual a graça se no caminho pudéssemos enxergar apenas o que gostaríamos? Se foram tantos os que nos disseram sobre a tal superação, enquanto instrumento de evolução.  Discorreram sobre momentos densos e de extrema dor como um meio de reavaliar o caminho que escolhemos percorrer.

Sabe, quando pegamos o carro e nos dirigimos ao roteiro já percorrido usamos o que damos o nome de conhecimento.  O carro segue quase sozinho e o motorista, que conhece bem o caminho quase nem olha ao redor, desvia automaticamente dos buracos e prevê as lombadas e valetas. Algo nele se deixa fluir…

O ritmo se torna outro quando o caminho é desconhecido. Pois nesta via há mão dupla e pode ser traiçoeira. E há grandes chances de nos perdermos nela. No entanto, se prestarmos atenção aos sinais e ao mapa, a chegada pode nos levar não apenas ao destino, mas àquele lugar antes desconhecido.

Desde meu retorno à minha terra natal percebi ter explorado bem um caminho desconhecido. Passei por momentos que me levaram a sentir na pele o verdadeiro significado da traição. E não me refiro àquela embasada no relacionamento de casais, mas de outra muito pior. A traição de amigos e pessoas nas quais eu depositava sincero afeto. Eu jamais imaginei um dia em minha vida ser a razão ou a válvula de escape de sentimentos ruins em alguns. E de outros mais íntimos a omissão da verdade.

A lista não é importante pela quantidade e sim pela qualidade. Ela se apresenta com pessoas que um dia tiveram extrema relevância em meu caminho. Pessoas com as quais eu pude compartilhar todos os meus brinquedos, minhas jóias, minhas flores, meus jardins, minhas estrelas e tantas outras belezas e riquezas que brilham e podem ser vistas em meu sorriso, olhos e coração. Tamanha dor fez com que eu me tornasse algo digno de repúdio, quis provar até o sabor da vingança. Meu Pai, quanta bobagem!!

Em milésimos de segundo pude ver, aos fechar os olhos, a cor escura que pertencia minha alma naquele momento. O desconhecido emergiu de mim algo traiçoeiro: meu lado negro jamais visto.

Mas quem é esta Maísa desconhecida para discutir com o amor… Quem ela era para continuar dominando este coração vibrante e repleto de cores? Ela foi o maior ensinamento que já pude ter, apesar de parecer que foi aquilo que fizeram o que me traíram. Eu diria que o conjunto me fez conhecer, entender e ajustar uns pontos que estavam fora do lugar.

Por causa de tudo isso e mais um pouco, eu agradeço a todos os atores que fizeram parte do elenco para minha evolução. Para meu enriquecimento pessoal e como não, aos meus reais e verdadeiros amigos. Que tanto me protegeram sob o Sol, sob a Lua e tempestades. Hoje, os dias cinzentos me trazem a melancolia necessária para sobreviver na selva, para superar as quedas e abraçar com mais intensidade as almas e sorrisos. Minha vida é tão repleta de amor que tão injusta seria eu de um dia reclamar do tropeço de alguém, e mais, de julgar estes tropeços. Por que uma vez pedras no chão…

Sinto a avidez de uma criança conhecendo o mundo agora, na ânsia de provar cada segundo para que adiante, eu aprenda muito mais que antes.

Mestres, guias e anjos, minha gratidão é eterna e ultrapassa meu humilde entendimento humano.

Beijos e Luz a todos…

“cause there’s beauty in the breakdown” (Let Go – Frou Frou)

Como já dizia a vovó: dinheiro conquistado com o suor do trabalho é mais gostoso de receber.  É o famigerado “gostinho” da conquista. E o mesmo acontece em outros cenários da vida, por exemplo, não é bem mais gostoso conquistar aquele cara ou aquela mulher um pouco mais”difícil” que os outros?

Quem já experienciou tais circunstãncia confirma os ditados relatados por ninguem com menos de 60 anos.  São chão de anos por estradas diversas, caminhos certos e errados.

Mas, até a vida com seus percalços ganha um tom de conquista…

Quem recebe tudo muito fácil pode cair numa armadilha. Quem não conhece a dor como pode reconhecer o amor? Pois há quem diga que é a experiência quem determina o conhecimento. E para as pessoas o mais difícil é entender que somos humanos e por consequência,  erramos. Vejam só! Ora essa!  Nós humanos  somos seres terrenos, sujeitos à experimentar todos os tipos de situações e sentimentos. Por isso, como bebês tentando ainda engatinhar é que tropicando que a gente se entende, amando que a gente se diverte, encarando é que a gente se conhece e superando é que a gente cresce.

Portanto, é necessário que o ser-humano cometa erros e certos e que sorria e chore todo dia. É o equilibrio natural entre os pólos:  bem e o mal, o amor e o ódio, o riso e o choro, a saúde e a doença, o medo e a coragem, o prazer e a dor. ..

Somos todos iguais e não adianta segurar o choro, guardar o riso, engulir a verdade. Tem que ser real e sentir cada segundo nas veias para poder, enfim, acertar o caminho desejado.